Beth Sahão defende médicos residentes contra calote do governo Alckmin

A deputada estadual Beth Sahão (PT) recebeu na tarde desta terça-feira, 6, em seu gabinete na Assembleia Legislativa, representantes dos médicos-residentes que atuam na rede estadual de saúde. A categoria foi solicitar apoio à deputada contra o calote que vem sendo promovido pelo Governo do Estado, que não cumpre a legislação federal, a qual garantiria a esses profissionais um bônus mensal de R$ 300,00 no salário.
O reajuste entrou em vigor em março deste ano, porém apenas os residentes contratados diretamente pelo Ministério da Saúde estão recebendo a quantia. Outros 6,5 mil profissionais do Estado foram ficaram sem o bônus, já que o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) não repassa o valor à categoria.
Durante o encontro em seu gabinete, Beth comprometeu-se a apoiar os residentes na luta pelo bônus. Em discurso proferido na semana passada, ela já havia se manifestado sobre o problema.

“Acho que todos nós somos unânimes em dizer que o trabalho que eles executam é fundamental para uma Saúde já tão carente, com tantos problemas, com tantas deficiências, com tanta morosidade, com falta de agilidade, e mesmo assim estão ali, esses residentes, atendendo sobretudo nos prontos-socorros e nos hospitais”, afirmou.

Na avaliação da parlamentar, falta vontade política ao governo para resolver o problema, já que, de acordo com seus cálculos, o pagamento do bônus custaria em torno de R$ 28 milhões ao ano para um Estado cujo orçamento ultrapassa R$ 200 bilhões.
“Sabemos que médicos residentes têm uma jornada de trabalho extasiante, de 60, 70, 80 horas, às vezes. Muitas vezes sem dormir, o que acho um erro, mas é uma opção, porque querem aprender mais, porque querem praticar mais, porque sabem que isso vai ser fundamental para a vida profissional futura. E o governador Alckmin não consegue entender isso, ou não quer entender isso”, disse.
Beth garantiu que vai lutar, ao lado da bancada do Oposição, para que o bônus seja incorporado aos salários dos médicos-residentes da Secretaria Estadual de Saúde. “Vamos também trabalhar no sentido de fazer com que a proposta tenha respaldo do Palácio dos Bandeirantes, de modo a que ela não venha a ser eventualmente vetada pelo governador”, afirmou.

Fonte: Assessoria/Beth Sahão

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